quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ravalejar!


No primeiro contato que tive com o Bairro do Raval, Barcelona, era primavera, e a temperatura oscilava entre 12 e 18 graus centígrados. Apesar de considerar o clima frio para o padrão de quem veio dos trópicos, o calor manifestado pela intensa apropriação das ruas estreitas foi o que ficou mais evidente na minha memória: um espaço denso, vivo, repleto de sons, cheiros e ruídos.

O percorrer me revelou também outras dimensões: obras monumentais, projetos de impacto que rasgam o tecido tradicional; restauros e reconversões em edifícios históricos; aberturas para implementações de novas Ramblas; grandes buracos abertos para realização de obras de caráter modernizante. A apreensão desses aspectos, à primeira vista contrastantes, causou-me, ao mesmo tempo, incômodo e atração. A vontade de estar mais próximo desta realidade justificou a escolha de encontrar na área um local que me servisse de pouso. E assim se fez.

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