quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

rios, pontes e overdrives...




A professora Ana Fernandes, ao prefaciar o meu livro, escreve que as cidades conectam e potencializam complexos sistemas de ações, gerais e particulares, potentes e frágeis, dispersos e superpostos. Já há algum tempo, em minhas práticas de experimentação do espaço, procuro apreender alguns feixes desses sistemas de ações, notadamente através de rápidos desenhos, que estão se tornando cada vez mais a minha forma de diálogo com as cidades.
Em Paris não foi diferente. Trago aqui alguns flashs dessas apresentações, tendo como exemplo, registros de percursos que fiz pelas margens do rio Sena – quer seja pela margem esquerda, margem direita, ao nível do rio, ao nível das vias públicas, às vezes percorrendo o próprio leito do rio, de bateau.
O rio Sena guarda uma relação “íntima” com a cidade. Diria que visceral. O rio é a cidade, e vice-versa. E, nesta paisagem constituída, que mistura o excepcional e o cotidiano, as pontes são elementos marcantes. Pontes que não são apenas elementos funcionais, que articulam uma margem à outra: são, por muitas vezes, espaços propiciadores do convívio (como podemos atestar no verão parisiense, quando se tornam espaços do pic-nic). Pontes que articulam espaços de uma Paris Barroca (Ponte Alexandre IV, que liga os Invalides ao complexo dos Champs Elisées, Place de La Concorde, Louvre). Como diz Lenine, a ponte não é de ferro, não é de concreto, não é de cimento, a ponte é até onde vai o pensamento.
Enfim, os convido a fazer esse percurso.

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